Atualmente é impossível imaginar um departamento de RH trabalhando sem o apoio do algoritmo. Sabe-se que, o uso de inteligência artificial agiliza o processo seletivo, coleta dados rapidamente, torna indicadores de gestão mais eficientes, entre outras utilidades que permitem a realização de trabalhos mais estratégicos e menos operacionais.
Porém existe uma linha tênue que divide a atuação do algoritmo e a atuação humana. A pergunta que nos norteia é: qual o equilíbrio entre deixar que escolhas sejam feitas por um ser humano ou uma máquina, principalmente quando envolve uma outra pessoa?
Em 2021, a startup Xsolla, empresa de serviços de pagamento, dispensou 150 colaboradores de um total de 450. Aleksandr Agapitov, CEO da companhia, declarou que todos os desligamentos foram realizados após uma análise de big data. Sendo a decisão tomada seguindo apenas a recomendação de um algoritmo de eficiência no trabalho.
No e-mail aos dispensados, o executivo russo dizia que os colaboradores foram marcados como desinteressados ou improdutivos, além de não estarem sempre presentes nos postos de trabalho durante a atuação remota. “Muitos de vocês podem ficar chocados, mas eu realmente acredito que a Xsolla não é para vocês”, acrescentou Agapitov.
Essa postura se replica em outras companhias que acreditam ser mais eficiente ter um mecanismo automático analisando dados sem interferência emocional.
O objetivo da Base Consultoria é tornar o processo seletivo híbrido, usando o que há de melhor na tecnologia, mas entendendo que jamais um robô pode contratar ou demitir nenhum ser humano.