Quão bem e frequentemente você ouve os outros?
Como mostra uma pesquisa recente, bons ouvintes tendem a ter um melhor desempenho no trabalho e a relatar um nível mais alto de bem-estar, bem como relacionamentos mais significativos e gratificantes. Nós tendemos a confiar mais neles, e eles tendem a ser vistos como empáticos e emocionalmente inteligentes.
Até certo ponto, o poder de ouvir pode ser explicado pelo fato de que ouvir bem é raro. Vivemos em um mundo em que as pessoas geralmente são recompensadas por se auto promoverem, serem o centro das atenções e falarem o máximo que puderem, mesmo quando não tiverem nada a dizer.
O fato de que a defesa racional da introversão de Susan Cain, autora do livro O Poder dos Quietos, é indiscutivelmente contra intuitiva para a maioria das pessoa (especialmente na cultura brasileira que é hiper extrovertida). A autora sugere que ainda não estamos totalmente convencidos sobre as virtudes de ouvir, embora a maioria das pessoas estejam felizes em recomendar essa atividade para todos os
outros.
Décadas de pesquisa científica sugerem que, se quisermos nos tornar melhores ouvintes, devemos considerar trabalhar nesses três principais facilitadores da audição de alta qualidade:
- FOCO (cale-se)
- EMPATIA (ouça)
- AUTO-CONTROLE (conte até 3 e repita)
FOCO
Se você realmente pretende ouvir, precisa se concentrar — ponto. Uma razão simples pela qual a maioria das pessoas luta para ouvir, mesmo quando têm a intenção de fazê -lo, é que elas não fornecem sua atenção total. Distrações, estresse, preocupações e multitarefa interferem na audição de alta qualidade. Pare e escute de verdade!
EMPATIA
Sair do casulo do ego e fazer um esforço para nos colocar no lugar de outra pessoa melhorará significativamente nossas habilidades de escuta. Obviamente, isso é mais fácil quando nos preocupamos com a pessoa, mas os humanos são capazes de ser abertos e atenciosos uns com os outros, mesmo na ausência de sentimento em relação a eles. De fato, se realmente queremos criar um mundo mais diversificado e inclusivo, não podemos apenas confiar em nossa empatia (se sentimos algo pela outra pessoa), mas também devemos exercer bondade e compaixão racionais.
AUTO-CONTROLE – CONTE 1, 2 E 3
Interrupções impulsivas são uma grande ameaça à escuta. A menos que você possa controlar suas emoções, sejam positivas ou negativas, você entrará em ação cedo demais, sem deixar que as pessoas exponham seu ponto de vista.
Esperar que a outra pessoa termine, e até contar dois ou três segundos depois que ela se calou, é um exercício simples para manter seus sentimentos e pensamentos sob controle. Portanto, quando sua vez chegar e for você quem precisa falar, certifique-se de incorporar a perspectiva da outra pessoa, fazer referência ao que ela disse e reagir à narrativa e aos argumentos dela.
Por fim, vale lembrar que ouvir não é diferente de qualquer outra habilidade. Algumas pessoas têm mais potencial do que outras, mas no final, todos nós precisamos praticar para melhorar.